Foi para espalhar aos quatro cantos
Para que todos apontem, comentem, sintam pena
O grande público,
As cortinas escancaradas
O espetáculo
Olhem! Olhem!
As chagas em flor
Rubras e carnívoras
Devorando qualquer gota de felicidade
E todo esboço de sorriso que não seja nervoso
É para emudecer e recordar a dor mais aguda
O sabor mais ácido
Com o olhar petrificado e fosco
Como o de um pedaço de carne inerte e sem vida
Palavra punhal em seu grande ato
Que dilacera e mortifica
Que quer latejar e tirar o sono
Oferenda preciosa nesse dia sacro de compaixão
(28/09/2010)
Larissa,
ResponderExcluireis a dor, nossa velha mestra, conhecida... poemas sempre serão como punhais latentes, prontos a atravessar o peito dos incautos.
beijo,
r