sábado, 15 de janeiro de 2011

Em toda parte

Tudo o que pode fazer recordar
Um lugar, uma canção, um cheiro
Um bilhete, uma bagana no cinzeiro
A mensagem que não apaguei

Pode trazer o esboço do riso
Ou deixar os olhos mareados
Levar para longe no tempo e no espaço
Com olhos fechados ou mirando o vazio

Partilhamos, às vezes
Tornamo-nos cúmplices
Entre olhos sabemos
Elas estão aqui

Passar, guardar, querer estar
E às vezes querer também libertar-se delas
Quando são tiranas, incansáveis
E perturbam até o sono

Ai as lembranças...
Elas não dormem
São oníricas
E quando parecem repousar
Transportam-me para um tempo que não vivi

Um comentário:

  1. Larissa, minha mais nova poetaamigaquerida... adorei "Em toda parte". Vida longa para sua sensibilidade poética. bjos

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