quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Último Poema



Já que não posso te tocar
Quero te guardar num poema
Como é difícil de mostrar
Dou-te de presente palavras

Com elas podes inventar
Ter ilusões, imaginar
Tecer paixões
Que podem rumos desviar

Para caminhos
Que não se sabe onde vão dar
E a viagem já é um porto de chegar
Pelas águas do tempo
Em barco que já é lugar

Pelo prazer de não saber
De só deixar acontecer
Quero embarcar contigo
Sem direção, correr perigo
Quero embarcar contigo
Quero navegar

2 comentários:

  1. Lari,

    Teu poema samba na beleza do adeus: esse momento sublime em que nos damos conta da tonta ergonomia da vida, que é a tal festa pra qual se apronta com afinco, e que nos devolve o zinco crivado de balas de prata da lua, a doce madrugada, a jornada íntima, embriagada pelo corpo de uma mulher, nua, ao qual se faz o eterno retorno pelas escadarias de memórias douradas pelo tempo... Amo o que escreves, amo você.

    Beijo,

    r

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    1. Re, não tenho palavras... Sabes que estás presente em tudo que escrevo né? Desde o início acolheste e potencializaste tudo, e hoje sou cativa do poema. Que bom que amas o que escrevo e sou. Amo você também e as coisas preciosas que já me deste nessa vida.

      Beijo,
      Lari

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